Autoridades visitam obras do Presídio de Timóteo

por Comunicação Social publicado 04/05/2018 16h55, última modificação 04/05/2018 16h55

Intervenções foram realizadas com vistas a desinterditar unidade prisional

 

Na manhã desta sexta feira,4, foi realizada uma visita ao Presídio de Timóteo com objetivo de conhecer as atuais condições dos apenados, tendo em vista que o mesmo encontra-se interditado por meio de Ação Civil Pública (ACP) ajuizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Timóteo, que constatou à época superlotação crítica, abastecimento de água deficiente, falhas nas instalações elétricas, dentre outras carências.

 

Diversas autoridades participaram da visita, entre elas o presidente da Câmara, Adriano Alvarenga, os vereadores Geraldo Gualberto, Leanir Zizinho, Moacir de Castro, pastora Sônia Andrade e Wladimir Careca, o diretor geral do presídio, Leandro Cristino, o secretário adjunto da Secretaria de Administração Prisional, Marcelo José Gonçalves da Costa, o deputado estadual, Celinho do Sinttrocel, o diretor da 12ª RISP (Região Integrada de Segurança Pública) e diretor do Presídio de Ipaba, João Batista, os delegados, Dr. Jorge Caldeira e Dr. Augusto Drumond, o comandate da 85ª CIA de Polícia Militar, major Werner Santos, o presidente do Consep Intermunicipal, Edward Garzon, o representante da Pastoral Carcerária, José Carlos de Paula e representando o Legislativo de Coronel Fabriciano, o vereador Beto Cavaleiro.

 

As autoridades tiveram a oportunidade de conhecer todas as obras de melhoria das instalações do presídio iniciadas em 2017, com recursos de prestações pecuniárias provenientes de uma parceria entre o Consep e o Tribunal de Justiça, somando cerca de R$ 170 mil e mão de obra dos próprios apenados. As obras foram: melhoria do fornecimento de água com a construção de um poço artesiano, reforma das celas, elevação do telhado com a troca de caixas d'água, acesso à guarita 3 pela guarita 2 interligando as duas para propiciar melhor circulação de ar, construção de lavanderia, reforma da guarita 3, construção do auditório e duas salas multiuso para atividades laborais e estudantis, construção de alojamento para os agentes penitenciários, reforma do anexo B - núcleo de saúde. Algumas intervenções ainda estão em andamento como: reforma do hall de entrada, do alojamento B, do anexo administrativo A, do alojamento A, bem como da cela albergue.

 

O presidente da Câmara, Adriano Alvarenga, analisa que as reformas do presídio são uma forma de conferir dignidade para os apenados. “Com boa parte das obras concluídas acreditamos que será possível a liberação do presídio. Estendo meus agradecimentos ao Dr. Marcelo, que se prontificou em nos atender e vir conhecer as melhorias realizadas e ajudar na interlocução com o Ministério Público e a Advocacia Geral do Estado. Não poderia deixar de reconhecer o trabalho de todos os vereadores, Consep e demais envolvidos pois conseguimos avançar em uma importante frente, que é dar dignidade para estas pessoas que estão pagando por seus erros. Isso aqui não é luxo é dignidade, pois eles devem retornar para o convívio conosco e devem retornar ressocializados.”

 

Segundo o diretor geral do presídio, Leandro Cristino, a visita ocorreu dentro das expectativas. “Saímos com o pensamento positivo daquilo que consideramos importante para a desinterdição da unidade. O Consep foi de extrema importância para isso acontecer, por meio do conselho que viabilizamos recursos do Tribunal de Justiça para que as obras pudessem ocorrer. Além disso recebemos toda uma assessoria na parte técnica relativa ao que foi mudado, dada pelo presidente do Consep, Edwad Garzon.”

 

Para o secretário adjunto da Secretaria de Administração Prisional, Marcelo José Gonçalves da Costa, a desinterdição é uma grande possibilidade. “O trabalho da comunidade é fundamental. Me surpreendi com o que foi feito no Presídio de Timóteo. Todo o envolvimento da sociedade, por meio do Consep, surpreende pelo envolvimento e pelo resultado atingido. Eu tenho absoluta convicção, que após esta visita temos muito mais condições de desinterditar a unidade. Acho com o que pudemos ver, teremos segurança em apresentar ao Ministério Público e ao Judiciário, pois existe a condição concreta do presídio receber os apenados que daqui foram retirados e aí sim distensionar a relação da execução penal com a comunidade. Tenho a absoluta convicção que saímos daqui com um resultado muito positivo.”

 

Para que o presídio seja desinterditado será necessário que uma petição seja assinada pelo Ministério Público e pela Advocacia Geral do Estado, atestando as condições necessárias ao bom funcionamento da unidade. Segundo informa Marcelo Costa “os critérios para a desinterdição foram sanados”, restando agora encaminhar o processo ao Ministério Público.