Casa de Memória é pauta de audiência pública

por Sabrina Costa Dias publicado 02/03/2020 15h54, última modificação 02/03/2020 15h54

Representantes das secretarias municipais de Administração, Planejamento, Cultura e Procuradoria participaram na tarde da última sexta-feira (28/02) de uma audiência pública convocada pelo presidente da Câmara de Timóteo, Professor Diogo, para discutir o funcionamento da Casa de Memória e Pesquisa do Legislativo, situada no Centro Sul, próximo à praça 29 de abril.

Em razão de uma recomendação do Corpo de Bombeiros que detectou sérios problemas estruturais no prédio, a Casa de Memória não está funcionando desde meados do ano passado. “Por questão de segurança dos visitantes, a Mesa Diretora resolveu fechar a Casa de Memória. De lá para cá retomamos uma discussão junto ao prefeito Douglas Willkys, que já foi feito por outros presidentes, para que o Executivo proceda à adjudicação do imóvel”, explicou Diogo.

Professor de história, o presidente do Legislativo defendeu a reabertura do espaço. “Ninguém minimiza o valor que a Casa de Memória tem, ela tem que estar aberta”, defendeu. A Casa de Memória foi inaugurada em 2004, na gestão do ex-vereador Roberto Paiva.

Finalidade

Para o presidente do Legislativo, a Casa de Memória não cumpre a finalidade para a qual foi criada. “Por sua natureza, aquele é um espaço destinado à acompanhar a evolução da história de Timóteo. No entanto, com a disponibilização de computadores com acesso à internet, o local passou a ser mais frequentado com esse objetivo”, observou.

O vereador também questionou a competência quanto à gestão, ao mencionar a falta de preservação do acervo, vez que a Câmara de Timóteo não tem pessoal capacitado para tal. “O Poder Legislativo não tem capacidade técnica para gerir o espaço. Já o Executivo, através da secretaria de Cultura, tem pessoal qualificado para realizar este trabalho”, pontuou.

Para o subsecretário municipal de Cultura, Cláudio Gualberto, não há distanciamento das opiniões entre Legislativo e Executivo no que tange à destinação do espaço e quanto à competência técnica da secretaria de Cultura para administrá-lo. Contudo, ele disse primeiro ser necessário que o imóvel seja transferido para o Município. “A Casa de Memória cumpre muito pouco do seu papel, e temos que repensar a ocupação daquele espaço. No entanto, só conseguiremos definir isso depois de resolvido o imbróglio jurídico”, analisou. O imbróglio a qual Gualberto se refere está relacionado à regularização do imóvel.

Deliberações

Da audiência pública foram definidos alguns encaminhamentos, como a constituição de uma comissão técnica para retomar as parcerias da Casa de Memória junto a instituições de ensino, por exemplo. Também foi solicitado que o Executivo faça um levantamento do acervo disponível, além de um relatório da parte estrutural do imóvel, para que seja feita uma intervenção que permita a reabertura do local.