CPI do “cartão desastre” pede mais documentos ao Executivo
O presidente da CPI, vereador Douglas Willkys e o relator, vereador José Vespasiano Vespa se reuniram na tarde dessa sexta-feira (27) para mais um encontro da comissão que apura, desde dezembro do ano passado, um eventual mal uso de recursos públicos por parte de servidores, recursos esses recebidos do Ministério da Integração Nacional do Governo Federal através do “Cartão Desastre”. Até agora mais de mil folhas de documentos enviados pela prefeitura e empresa ICEM foram analisados pelos membros titulares da CPI e hoje foram requisitados outros mais.
De acordo com a análise dos vereadores, com relação à prestação de contas, do montante recebido pelo Executivo, 67% do valor foi utilizado com carga e transporte de materiais do “Bota Fora”. Com limpeza de rede de esgoto, 12% e com limpeza de vias por caminhão-pipa foram gastos 20%. Segundo o presidente da CPI, “ a maior diferença entre o planejado e o realizado está na limpeza de via com caminhão-pipa, onde foi realizado apenas 70% do serviço proposto”. Outra constatação foi que poucas notas de serviço são assinadas. “De 300 notas, 200 as 250 não tem assinatura de ninguém e cerca de apenas 4 tem o número da matrícula da prefeitura”, ressaltou Willkys.
Entre as informações requeridas pela CPI junto ao Executivo estão: quem são os servidores responsáveis por acompanhar a desobstrução da rede de esgoto no município; pelo serviço de remoção de telhas; pelo controle do material recebido do “Bota Fora”; e pediram ainda a cópia da planta da rede de esgoto existente no bairro Petrópolis e os nomes das empresas que já fazem o serviço de limpeza das vias e de desentupimento de esgoto.
Os membros da CPI aguardam agora as respostas da prefeitura e, em seguida, começam as visitas nos locais onde os serviços foram prestados. Entre as áreas mais atingidas estão os bairros Santa Terezinha, Ana Moura, Limoeiro, Cachoeira do Vale e João 23.