Legislativo de Timóteo celebra o Dia Nacional do Patrimônio Histórico

por Juliana Teixeira de Melo publicado 17/08/2022 11h24, última modificação 17/08/2022 11h24

Nessa quinta-feira, a Câmara de Timóteo comemorou o Dia Nacional do Patrimônio Histórico. A data - 17 de agosto -  foi criada pela Lei nº 378 de 1937, no governo Getúlio Vargas, que criou então o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão que tem como principal meta proteger e preservar os bens culturais do país. A data foi escolhida em homenagem ao historiador e jornalista, Rodrigo Melo de Andrade, responsável pela criação do Iphan em 1937. 

Em Timóteo, a Casa de Memória e Pesquisa do Legislativo da Câmara de Timóteo faz o papel de valorizar o patrimônio histórico cultural da cidade por meio de atividades e acervos que remontam a história do povo timotense. Para celebrar a data, a Casa de Memória promoveu uma programação especial composta por uma apresentação da Corporação Musical Santa Cecília, a apresentação do projeto “Contos Históricos” com a professora Maria do Carmo Martins (kakau) e ainda uma palestra com o tema “Experiência e Sensibilidade nas Práticas de Salvaguarda do Patrimônio”, ministrada pelo professor doutor Jezulino Lúcio Mendes Braga. A iniciativa teve o intuito de fortalecer a identidade e garantir o direito à memória e história de Timóteo. 

O presidente da Câmara, Luiz Perdigão falou da importância desse espaço que abriga e divulga a herança cultural de Timóteo, a Casa de Memória e Pesquisa. “Essa Casa representa muito para a história e cultura da nossa cidade e a reabertura desse espaço não foi um esforço em vão, pois conta nosso passado para diversas gerações, criando um sentimento de identificação com nossos valores históricos”, disse o presidente. 

Patrimônios

Patrimônio histórico material é formado por um conjunto de bens culturais classificados em cinco tipos: arqueológico , paisagístico e etnográfico; histórico, belas artes e artes aplicadas como por exemplo prédios, casas, pontes, estátuas, esculturas, ruínas, igrejas, templos, grutas e cavernas, sítios arqueológicos ou até mesmo parte de uma cidade como o centro histórico são exemplos de construções e espaços que podem ser considerados patrimônio histórico.

O patrimônio histórico de um lugar é importante pois, além de ajudar a montar o quebra-cabeça da história de um povo, está repleto de informações sobre tradições e saberes da cultura de um povo e é fonte de pesquisa para diversas áreas do conhecimento. Logo, preservar o patrimônio histórico e cultural como os monumentos, as festas e as tradições, garante a herança para as próximas gerações porque compõe a identidade cultural e histórica, a base sobre a qual se constrói uma nação. 

Para o palestrante professor Jezulino Braga, os investimentos em políticas de preservação do patrimônio cultural ainda estão aquém do necessário. “Não adianta só preservar e não ter salvaguarda, ou seja, ações de sustentabilidade e educação. Precisamos de mais investimentos também para os professores trabalharem os processos educativos nas escolas e promover o debate de questões socialmente vivas como o machismo, o racismo para contribuirmos para uma sociedade mais justa”, ponderou o professor. 

Dentre os patrimônios materiais da cidade de Timóteo estão: a própria Casa de Memória que é uma edificação antiga que serviu de moradia para os primeiros habitantes do município e que hoje abriga um acervo importante que serve de memória e pesquisa também para os estudantes; os bens naturais do Parque Estadual do Rio Doce; o Pico do Ana Moura; o Forno Hoffmann; as Igrejas do Timirim, São Sebastião e São José; a Biquinha; a praça do Olaria II; A Fundação Aperam; Escolas Percival Farquhar, Getúlio Vargas e São Sebastião.

Já os patrimônios imateriais de Timóteo podemos citar: a Banda Santa Cecília; os Congados São Sebastião e Guarda de Moçambique; o carnaval de Timóteo; a Cantata de Natal da Fundação Aperam; a Romaria Ecológica; o Café com Memória além de causos e cantigas. 

Na Casa de Memória estão abrigados alguns desses patrimônios como bens materiais de época como rádios, telefones, ferro de passar, vasilhames, máquinas de datilografar, balança de pesar ouro, moldes de vestimentas de festas culturais, e outros mais). Para o coordenador da Casa de Memória, Tão Lana, a data celebra o papel importante de um patrimônio cultural e histórico preservado para a sociedade, pois por meio de um acervo desses que o conhecimento e a divulgação da história de um povo, uma cidade são partilhados e passados para frente com respeito e valor.