Poder Público se reúne para debater a segurança
A segurança foi tema de discussão na noite desta quarta-feira, 14, na Câmara de Timóteo. Diversos órgãos ligados à segurança e membros da sociedade se reuniram na Audiência Pública para discutir como está a segurança pública em Timóteo, fazer um diagnóstico da atual situação e determinar encaminhamentos para solucionar os problemas enfrentados.
Estiveram presentes os vereadores Adriano Alvarenga, Leanir José de Souza (Zizino), o procurador do município, Humberto Abreu, representando o Executivo, o comandante da 85ª CIA de Polícia Militar, major Werner Santos, o delegado de Polícia Civil, dr. Jorge Caldeira, o comandante do 7° Pelotão de Bombeiros de Timóteo, tenente Joel Mafra, o diretor-adjunto do presídio de Timóteo, Edmar Anselmo, Willian de Pinho, representando o Juizado de Menores, o presidente do CONSEP Intermunicipal, Edward Garzon, entre outros.
Segundo o presidente da Câmara, Adriano Alvarenga, a alta no número de homicídios registrada em outubro e as queixas sobre falta de segurança que ouve da população, o motivaram a propor a audiência pública. “Foram 10 homicídios consumados e 2 tentados. A população está com sensação de insegurança, por isso provocamos esta audiência e conseguimos discutir com todos os entes de segurança do município. Vamos, a partir de agora, trabalhar para que de fato os problemas apontados neste encontro possam ser resolvidos, levando assim benefícios à nossa população.”
O presidente da Casa, a Polícia Civil e Militar levaram dados e estatísticas para o encontro a fim de que o diagnóstico real da segurança em Timóteo pudesse ser realizado. O comandante da 85ª CIA de Polícia Militar, major Werner Santos, atribui a sensação de insegurança da comunidade timotense a um fenômeno atípico ocorrido em outubro. “Foram registrados os 10 homicídios, mais dois tentados. O ano todo houve registros dessa natureza, mas de forma dispersa e nos meses sucessores, em número reduzido. Uma das formas de prevenção à essa ocorrência é a patrulha de prevenção de homicídios. Policiais atuam por meio de informações de vítimas e autores e potenciais ameaças de futuras vítimas, cruzando essas informações, intervindo, visitando essas pessoas, no sentido de inibir um novo homicídio.”
Para o presidente do CONSEP Intermunicipal, Edward Garzon, o grande diferencial da criminalidade está na comunidade. “Enquanto a comunidade não entender que o papel dela é de ator no processo e não de telespectador, tem que se engajar de fato, tomando suas providências. Ninguém tem que enfrentar bandido, o que tem que fazer é um trabalho de autoproteção e apoiar uns aos outros.”
Da audiência foram deliberados diversos encaminhamentos: solicitar apoio do secretário de estado de segurança pública para pedir ao Comando do Estado Maior da PM mais 40 policiais para o efetivo da Polícia Militar; junto ao chefe da Polícia Civil a designação de dois delegados e quatro investigadores para a cidade; com o Poder Público Municipal a criação de políticas públicas para a juventude, monitoramento do município com retorno do Olho Vivo e estrutura para a delegacia da Polícia Civil; aos promotores e juízes um apoio na avaliação dos apenados, pois há grandes índices de reincidência; e junto ao sistema prisional pleiteamos o aumento de 80 para 160 vagas no presídio de Timóteo.